O filme “A Onda” trata de uma experiência prática a partir de um determinado assunto: a autocracia. A ideologia criada e imposta pelo professor gera um comportamento no grupo de autoconfiança que determina como todos devem agir e pensar, num único caminho a seguir, colocando à margem quem resistir aos propósitos dos integrantes do movimento. O fato é que alguns alunos não estavam preparados para encarar tal desafio e levaram até as últimas consequências um trabalho que deveria se ater à prática para exemplificar a teoria. Mas esta prática foi tão fortemente absorvida pelo grupo, que limitou seu modo de pensar e agir, sendo que um integrante do grupo não conseguiu separar a sua vida de seu ideal, a ponto de acabar com ela quando este lhe foi tirado. Desta forma, quando se tem uma única versão dos fatos, impostos quase que em sua maioria pela classe dominante, seja de teorias, lugares ou de povos, cria-se uma visão distorcida da realidade a ponto de formar esteriótipos, enaltecendo apenas o que se convém saber. O perigo de se mostrar um único caminho dado como certo e correto ou de contar apenas um lado da história é que se cria uma forma também distorcida de se pensar e conhecer a realidade, assim como impor determinados conteúdos de forma arbitrária, pronta e acabada em um currículo escolar, por exemplo, priva o aluno de conhecer o outro lado da história, questioná-la e ampliar a sua forma de se ver como agente transformador da sua realidade.
Relacione o filme " A Onda" á frase "O currículo oculto é constituido por todos aqueles aspectos do ambiente escolar que sem fazer parte do currículo oficial, explicito, contribuem , de forma implicita para aprendizagens sociais relevantes(...)" Silva, 2001:78)Teorias curriculares críticas.
ResponderExcluirOlá Ângela. Segue o meu comentário a respeito de sua proposição.
ResponderExcluirNo filme "A Onda" percebemos claramente que a conduta dos alunos, considerando-se o seu meio social, familiar (sem esquecer dos inúmeros temperamentos), contribui para suas reações no ambiente escolar; uns prontamente adotaram e incorporaram o projeto, outros porém apenas se resignaram em fazê-lo, enquanto alguns resistiram e impuseram o seu modo de pensar e agir e não fizeram parte do grupo. O professor quis ir além da teoria, levá-la intimamente ao convívio dos alunos, embora tal ação não tenha gerado os frutos esperados. Querer impor uma teoria e esperar que todos a compreendam da mesma maneira, seria um equívoco, pois cada um absorve o que aprende de forma muito individual e intrínseca, justamente por que as pessoas não vivem a mesma história, não fazem parte de um grupo de marionetes, mas sim, criam e assimilam formas diferentes de pensar. Concordo plenamente que o ambiente estimula a aprendizagem e um bom professor é aquele que primeiramente gosta do que faz e o faz com responsabilidade, sendo assim, encontrar a porta de entrada para o conhecimento se torna muito mais atrativo e desafiador.
Fez uma boa relação entre o filme e o currículo. Para enriquceê-lo e adensá-lo seria interessante abordar a questão ideológica que permeia o denominado " discurso único". Fez importantes considerações sobre o assunto ao responder 'a indagação de Ângela.
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